Na clara definição, sem ao menos direção. Sou o que escolho, uma parte incerteza;outra toda certa.

Ao pintar os olhos de negro estive entre.Entre mim e o mundo, o que estaria motivando tais escolhas?O medo do parecer,o desejo de não transparecer o que viera a florir a pouco. Mas onde estaria a luz escondida,velha perfídia dos meus dias,onde houvera enfileirado o sorriso que aceita, a paz que alimenta?
Já me perdera em lamentos,sofridos e ao meu ver indissolúveis. Estava diante do som interior, do despertar pós anos dentro da vida. E tive a incerta certeza, a minha verdade estivera em meu corpo todo o tempo. Sem mais dimensões de dor. Hoje flor não mais botão, pinto os olhos com luminosidade, vivo intensa a cada instante. Sem mais escuridão.

Nenhum  trago de solidão. Era o intento, por onde começar?Nas carnes frias de inverno, salpicadas de culpa atrás de culpa, nos sonhos vividos pela metade, no semblante da dançarina, pequena dançarina.

Era uma vertente da infinita incerteza. Hoje tivera certeza de nada saber. Não se surpreendera. Fora capaz de escrever duas linhas de licença por poder estar e permanecer, dois verbos de ligação. Verbos que a ligam a um presente em que estivera distante. Entreolha. Fecha os olhos. Abraça o tempo. Enxerga. Já não finge. O som do coração acalma. Batidas refletem seu corpo e a espera torna-se plena. Já esquecera o lamento.
E nem final de semana é. Final de temporada, fim, término. Recomeço, estreia. Para novos horizontes, a certeza.